A polícia justifica a ação policial no Martim Moniz com dezenas de crimes violentos que se tem registado nesta zona Lisboa. A PSP garante que a operação foi coordenada com o Ministério Público e estava a ser preparada deste setembro. As autoridades dizem que foi respeitada a dignidade de todos e desvaloriza as críticas dos partidos.
"O contexto desta operação decorre da existência de diversas denúncias e participações de ocorrências policiais com a utilização de armas brancas", explicou a PSP em conferencia de imprensa, acrescentando que se trata de 52 crimes que aconteceram no ano passado e este ano.
Em conferência de imprensa na sede do Comando Metropolitano de Lisboa, o superintendente Luís Elias explicou que a respetiva operação decorre do registo de 52 crimes no local, destacando um homicídio com recurso a arma branca ocorrido a 31 de maio naquela zona, motivo que levou a PSP a preparar esta operação de prevenção criminal a partir de setembro.
Segundo as autoridades também este fim de semana "houve alguns incidentes", como o apedrejamento de um carro patrulha. Incidentes que levaram à operação de quinta-feira.
"Quero salientar que a operação decorreu sem qualquer incidente durante as três horas que decorreu, nem com cidadãos, nem com polícias interveniente", assinalou o subintendente Rui Costa, acrescentando que os dois detidos resultantes desta operação ficaram em prisão preventiva. Ambos são portugueses.
"Claro que se temos seis madatos de busca para cumprir, é expectável que possa existir algo ilegal nas buscas, ou decorrer das buscas. E isso aconteceu", acrescentou o subintendente. "Foram apreendidas armas, foram apreendidos estupefacientes, os dois detidos ficaram em prisão preventiva. Agora relativamente à proporção dos resultados, não acho nada estranho".
Por isso, não considera "nada estranho que, no âmbito de operações desta natureza apenas se tenha procedido a duas detenções".
"Não me parece pouco", repetiu. "Uma única faca já justificaria o trabalho da tarde de ontem".